Sistema de Ensino - Harvard Summer School

Estudar por aqui é uma atividade bastante motivante! Algumas diferenças ficam claras ao se comparar o sistema de ensino americano e o brasileiro no nível da graduação.


Dentre as diferenças destacam-se três: 1. valorização do estudo de casos; 2. intensa participação dos alunos; 3. papel dos professores como facilitadores do aprendizado.


1. Estudos de caso - na Harvard Summer School,  por exemplo, vários cursos incluem em seu cronograma diversos estudos de caso, que consistem em análises de empresas, instituições, governo e pessoas que passaram por situações relacionadas àquelas estudadas na teoria.
Por exemplo, em uma das aulas sobre inovação, um dos casos em estudo foi o da "reinvenção do circo" pelo Cirque du Soleil; em outra aula, sobre estratégia, um dos casos foi o da criação do Wal*Mart por Sam Waltom.
Um ponto interessante é que tal estrutura de estudo de caso exige que os alunos se preparem antecipadamente para discussão dos casos, o que torna o processo de aprendizado bastante ativo. 


2. Participação dos alunos - é muito interessante o conceito que o pessoal tem de aula por aqui: falar o que você pensa, o que entendeu do assunto e perguntar é super bem-vindo pelos professores! Os alunos normalmente acabam indo para a aula mais para trocar uma idéia e discutirem o assunto do que para ouvirem conteúdo.




3. Papel dos professores como facilitadores - os professores, de uma forma geral, valorizam bastante a opinião e as diferentes visões dos alunos, e abrem as aulas para discussões. Assim, eles criam um ambiente de debate, deixando o discurso teórico sobre o conteúdo em segundo plano, valorizando a conversa.


Mas as aulas não são 100% nessa estrutura. Claro que por aqui também há as tradicionais aulas com os alunos sentados ouvindo e os professores discursando sobre a teoria. Mas isso depende da matéria e dos cursos em questão. Sempre que já exista base teórica para discussão, os professores tendem a abordar os temas valorizando o debate.


O mais interessante é que essa estrutura motiva os alunos a buscarem conhecimento e coloca o professor não como detentor do conhecimento, mas como facilitador do aprendizado.



Várias instituições no Brasil adotam elementos dessa estrutura de ensino focada no estudo de caso, valorização do aluno e professores como facilitadores. O legal de Boston é que essa estrutura está no sangue.